Publicado em 10/04/2025 às 08:47, Atualizado em 10/04/2025 às 13:00

MST avança com invasões e pressiona governo: “retomada radical da reforma agrária” ganha força no campo

Enquanto propriedades produtivas são ocupadas em diversos estados, secretária de Lula celebra novo ciclo de assentamentos

Redação ,
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou suas ações no chamado "Abril Vermelho", promovendo uma série de invasões de propriedades rurais em diversos estados brasileiros. 

Desde o último sábado, 5 de abril de 2025, foram registradas invasões em pelo menos 11 propriedades localizadas em Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo. ​

Essas ações têm como objetivo pressionar o governo federal a acelerar a implementação da reforma agrária. Em resposta, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o governo pretende avançar na reforma agrária, buscando um ritmo semelhante ao dos primeiros mandatos do presidente Lula. Ele destacou a necessidade de desapropriar terras e assentar mais famílias, enfatizando a importância de mediar conflitos no campo. ​

O MST considera que as políticas atuais de reforma agrária estão aquém do necessário e, por isso, intensificou suas ações para chamar a atenção do governo e da sociedade para a causa. As invasões recentes incluem propriedades produtivas, como fazendas de eucalipto da Suzano Papel e Celulose, na Bahia, e uma unidade da Embrapa Semiárido, em Pernambuco. ​

O governo federal enfrenta o desafio de equilibrar as demandas do MST por uma reforma agrária mais ágil e as preocupações do setor agropecuário, que vê as invasões como ameaças à propriedade privada e à produção agrícola. O ministro Paulo Teixeira ressaltou a intenção de mediar os conflitos e buscar soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas. ​

A intensificação das ações do MST e a resposta do governo federal evidenciam a complexidade do debate sobre a reforma agrária no Brasil, que envolve questões de justiça social, produção agrícola e respeito à propriedade privada.ropriedade privada.