Uma gestante denunciou descaso no Hospital Regional de Campo Grande durante o trabalho de parto, após receber alta médica mesmo apresentando fortes dores, contrações e sangramento. O bebê acabou nascendo na Maternidade Cândido Mariano, na manhã de quarta-feira retrasada (6), poucas horas depois de a família deixar o Regional.
De acordo com o pai, as dores da esposa começaram no domingo (3), quando o casal procurou o Hospital Regional. Na ocasião, a mulher apresentava três dedos de dilatação, sangramento intenso e perda do tampão mucoso. Ainda assim, segundo o relato, os médicos informaram que não havia necessidade do parto.
A gestante permaneceu em observação, recebendo medicação para inibir o parto e para aliviar as dores. No entanto, as contrações e o sangramento persistiram, sem evolução significativa na dilatação. O pai afirma que, durante todo o tempo, a equipe sugeria que o casal fosse embora, mesmo diante do quadro preocupante.
"Eles ficavam sugerindo que fôssemos embora, mesmo com ela tendo contrações e sangramento. Ela estava muito pálida. Pedimos cesariana e negaram. Eu achei que fosse perder os dois naquele hospital", relatou o pai, indignado.
Após dois dias internada, a gestante recebeu alta na terça-feira (5), orientada a retornar para casa. As dores, no entanto, pioraram rapidamente, levando o casal a buscar atendimento na Maternidade Cândido Mariano. Lá, a equipe realizou avaliação completa, internou a gestante imediatamente e acompanhou o parto, que ocorreu às 12h41 de quarta-feira (6).
O pai destacou a diferença de atendimento entre as duas unidades:
"Ao chegar na Cândido Mariano, tivemos um ótimo atendimento. Meu filho nasceu com segurança, o que não aconteceu no Hospital Regional, que praticamente nos expulsou de lá".
A família classificou a experiência no Hospital Regional como traumática e estuda tomar medidas judiciais contra a unidade.
"Eu achei que eu fosse perder os dois naquele hospital. Péssima experiência. Por mim, nunca mais volto lá para colocar vidas em risco de novo", concluiu o pai.
O espaço segue aberto para os envolvidos se manifestarem
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