Em alguns, as crianças deixam de ir ao banheiro por conta do medo das professoras em sala de aula / Google Maps
Um grupo de mães da Escola Municipal Irene Szukala, na Rua Iemanjá, Bairro Jardim das Hortênsias, em Campo Grande (MS), acusa professoras de submeterem alunos a situações de humilhação e maus‑tratos. A mobilização começou há cerca de uma semana, quando os responsáveis passaram a compartilhar relatos em um grupo de mensagens.
Entre os episódios narrados, está o de um menino que vomitou em sala, não pôde ligar para a família e foi obrigado a limpar o chão da classe. Outra criança, de oito anos, teria sofrido quatro infecções urinárias depois de repetidos pedidos para usar o banheiro que, segundo as mães, foram negados pelas docentes. Há ainda relatos de alunas que menstruaram precocemente e voltaram para casa com as roupas sujas por falta de orientação.
Além das denúncias de maus‑tratos, pais afirmam que o rendimento escolar dos filhos está comprometido. “Minha filha está no 3º ano e ainda não sabe ler. Pedi ajuda e a professora só passou uma lição que ela nem consegue entender”, reclama uma mãe.
Temor de retaliações fez muitos responsáveis evitarem queixas formais, mas a pressão coletiva resultou em uma reunião com a direção da escola no sábado, 7 de junho. Segundo as mães, algumas demandas – como a reposição de papel higiênico nos banheiros – começaram a ser atendidas após a divulgação do caso.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) declarou que “preza pelo respeito, cuidado e acolhimento em todas as unidades da Rede Municipal de Ensino” e orientou que, diante de problemas não resolvidos pela direção escolar, as famílias registrem reclamação na Ouvidoria Municipal. A pasta informou ainda que, quando notificada, envia uma equipe para ouvir os envolvidos, apurar os fatos e orientar os profissionais.
As mães dizem que continuarão acompanhando o dia a dia na Irene Szukala para garantir que as promessas de melhoria saiam do papel. Enquanto isso, cobram da prefeitura mais agilidade para proteger os estudantes e evitar novos episódios de humilhação.
Com informações Brenda Souza e Diana Christie - topmidianews
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