O aumento de 16% nas tarifas de energia elétrica em setembro colocou a conta de luz como o maior fator de pressão sobre a inflação brasileira em 2025. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o reajuste nas tarifas e o acionamento da bandeira vermelha — que acrescenta R$ 6,00 a cada 100 kWh consumidos — fizeram o item energia residencial liderar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês.
O impacto foi sentido em todo o país, especialmente nas regiões metropolitanas, onde os custos de distribuição e geração são mais elevados. Economistas apontam que o aumento deve pesar não apenas no orçamento das famílias, mas também no custo de produção das empresas, afetando bens e serviços em cadeia.
A decisão de acionar a bandeira vermelha foi tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) após um período de estiagem prolongada, que reduziu os níveis dos reservatórios das principais hidrelétricas. Com isso, as usinas térmicas, de custo mais alto, voltaram a operar com força total.
Especialistas afirmam que, caso as chuvas previstas para o final do ano se confirmem, há chance de retorno à bandeira amarela ou verde em novembro, o que aliviaria parte da pressão inflacionária. Até lá, no entanto, o consumidor seguirá arcando com uma das contas mais pesadas do orçamento doméstico.
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