Publicado em 06/04/2025 às 11:07, Atualizado em 06/04/2025 às 15:10
Chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul diz que Congresso tem "obrigação de votar a matéria" e vê a proposta como passo para a pacificação nacional
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), declarou apoio ao projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A adesão à pauta ocorre na véspera de uma manifestação nacional convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia.
Riedel se posicionou publicamente a favor da proposta em postagem nas redes sociais, na qual aparece ao lado de lideranças políticas como a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ambos também defensores da medida.
“Entendo que o Congresso Nacional tem a obrigação de votar a matéria, considerando-a inclusive como um passo imprescindível para a pacificação do país”, afirmou o governador sul-mato-grossense. A declaração fortalece a articulação de setores da direita em torno da anistia, que ainda divide opiniões no cenário político nacional.
O projeto de anistia vem sendo debatido com intensidade nos últimos meses e ganha força com a mobilização de parlamentares ligados à base bolsonarista. Críticos da proposta, por outro lado, argumentam que anistiar os envolvidos seria um retrocesso no processo democrático e um estímulo à impunidade.
O apoio de Riedel, que até então mantinha certa distância de pautas diretamente associadas ao ex-presidente, é visto por analistas como um gesto político que pode ter impactos tanto no cenário regional quanto nas articulações nacionais da direita.