O bloqueio da rodovia entre Sidrolândia e Campo Grande, realizado na manhã desta segunda-feira (início às 4h), impactou significativamente o funcionamento das escolas públicas de Sidrolândia. A manifestação, organizada por movimentos sociais em defesa da reforma agrária, impediu a passagem de veículos nos dois sentidos da via, afetando diretamente o deslocamento de profissionais da educação.
Segundo o secretário adjunto de Educação, João Vitor Constante, mais de 50% dos professores da rede pública municipal residem na capital e dependem da rodovia para chegar às unidades escolares. "O impacto ocorre não apenas nas escolas rurais, mas principalmente devido à ausência de professores contratados e efetivos que vêm de Campo Grande. São cerca de 100 profissionais que se deslocam diariamente para lecionar em Sidrolândia", explicou.
Apesar da liberação para ambulâncias e veículos transportando medicamentos, o bloqueio comprometeu o tráfego geral, prejudicando o transporte dos educadores. Com isso, algumas escolas precisaram reorganizar suas atividades e, em alguns casos, dispensaram os alunos mais cedo. A Secretaria de Educação avalia se será necessário incluir dias de reposição no calendário escolar.
Os manifestantes afirmam que o ato faz parte de uma luta histórica por avanços na reforma agrária e cobram ações concretas do INCRA e do governo federal. Apesar do caráter pacífico do protesto, o impacto sobre as atividades escolares gerou preocupação entre pais e responsáveis.
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