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Dois casos de estelionato são registrados em Maracaju; vítimas foram enganadas por meio das redes sociais

Golpistas usaram perfis falsos e ameaças jurídicas para extorquir dinheiro das vítimas; casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.

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Foto: Ilustração

A Delegacia de Polícia Civil de Maracaju registrou nesta segunda-feira (28) dois casos distintos de estelionato, ambos envolvendo abordagens fraudulentas realizadas por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens. As vítimas, homens adultos, relataram prejuízos financeiros significativos após serem induzidos a realizar transferências bancárias para supostos golpistas.

No primeiro caso, um homem de 50 anos informou ter sido vítima de um golpe iniciado por meio do Facebook. Ele recebeu um pedido de amizade de uma mulher identificada como “Paula” e, após trocas de mensagens, passou a conversar com ela pelo WhatsApp. Segundo o relato, a mulher enviou fotos íntimas, e, dois dias depois, o homem recebeu uma ligação de um número com DDD do Rio Grande do Sul. Do outro lado da linha, um homem se apresentou como delegado de polícia e alegou que a mulher com quem ele conversava seria menor de idade.

Sob ameaça de ser acusado de pedofilia, o suposto delegado afirmou que o caso poderia ser "arquivado" mediante pagamento. Temendo consequências legais, a vítima realizou uma transferência via PIX no valor de R$ 4.840,00 para uma conta em nome de uma mulher. Após perceber que havia caído em um golpe, ele procurou a delegacia para registrar a ocorrência e foi orientado sobre a utilização do Mecanismo Especial de Devolução (MED). Ele afirmou já ter aberto contestação junto ao banco solicitando o estorno do valor.

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Foto: Ilustração

O segundo caso envolve a negociação de um veículo por meio de um grupo de vendas no Facebook. Um homem, também morador de Maracaju, viu um anúncio de um carro Fiat Uno, e entrou em contato com o suposto vendedor por WhatsApp. O valor acordado foi de R$ 6.000,00. Antes de sequer ver o carro pessoalmente, o comprador transferiu duas quantias: R$ 5.107,08 e R$ 892,20, totalizando R$ 6.000,00, para dois destinatários diferentes.

Após os pagamentos, ele perdeu completamente o contato com o anunciante. Desconfiado, realizou uma consulta junto ao Detran e verificou que o carro estava realmente registrado em nome de um dos beneficiários do PIX. Ainda assim, não conseguiu mais retorno do suposto vendedor. A vítima procurou a delegacia para formalizar a denúncia e também foi orientada a buscar a devolução dos valores através do banco.

A Polícia Civil reforça o alerta à população para que redobre os cuidados em negociações virtuais e evite transferências financeiras sem garantias ou confirmação da veracidade das informações. Também destaca a importância de registrar boletim de ocorrência e utilizar o MED o mais rápido possível em casos de golpes financeiros.

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