Um levantamento conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Unicef, divulgado em 14/07/2025, revela que 229 mil crianças brasileiras não receberam a primeira dose da tríplice bacteriana (DTP) — conhecida como “zero dose” — em 2024. O número representa 16,8% do total de crianças nessa faixa etária na América Latina e Caribe
Com esse número, o Brasil voltou ao triste ranking, ocupando a 17ª colocação entre os países com mais crianças não vacinadas no mundo.
Essa posição coloca o Brasil atrás de nações como Myanmar, Costa do Marfim e Camarões, mas à frente de países grandes da região como o México (341 mil).
🌍 Cenário global
Globalmente, 14,3 milhões de crianças permanecem sem nenhuma vacinação, e mais 20 milhões receberam apenas uma das três doses recomendadas da DTP
Muitos países enfrentam estagnação ou queda na cobertura vacinal, enquanto epidemias de sarampo e coqueluche voltam a crescer em diversas regiões
⏳ Queda e recuperação no Brasil
No início dos anos 2000, o Brasil mantinha taxas de vacinação infantil acima de 99%. A partir de 2019, a cobertura começou a cair, chegando a 68% em 2021
Após campanhas como o “Movimento Nacional pela Vacinação” e reforço das ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a cobertura da primeira dose DTP subiu novamente para 91% em 2024
Mesmo com esse avanço, o elevado número de “zero dose” revela que inquietante contingente ainda não acessa vacinas básicas no SUS.
🛑 Desafios e causas
Segundo OMS e Unicef, os principais fatores são:
Acesso limitado: regiões remotas dificultam o alcance das vacinas.
Interrupções no fornecimento interrompem cronogramas.
Conflitos e instabilidade social atrapalham campanhas.
Desinformação e antivacinação, que continuam alimentando hesitação
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